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Início Momento Saúde com o Dr. Renato Karakhanian

A chegada do Outono e a Asma

Algumas doenças são mais comuns em determinadas estações do ano. No Outono, as crises de asma são bem recorrentes.

Renato Karakhanian Por Renato Karakhanian
19/04/2025
Em Momento Saúde com o Dr. Renato Karakhanian
A Chegada do Outono e a Asma - Crédito: Freepik

A Chegada do Outono e a Asma - Crédito: Freepik

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Olá, pessoal!

O Outono chegou. Vocês já ouviram falar nas doenças relacionadas à sazonalidade? São doenças que se manifestam com maior frequência em determinadas estações, conforme acontecem as mudanças climáticas e ambientais. A asma é uma delas.

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Com a nova estação, as variações de temperaturas e mudanças de fatores ambientais, como a qualidade do ar, início do frio, ambientes fechados, aumento de infecções respiratórias e maior exposição a alérgenos que desencadeiam crises de asma. A asma é uma condição respiratória relevante e potencialmente grave.

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A doença tem características multifacetadas e pode ser caracterizada pela presença de tosse, sibilos (chiados), falta de ar e sensação de aperto no peito; entretanto nem sempre todos os sintomas estão presentes simultaneamente. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que cerca de 262 milhões de pessoas convivam com asma em todo o mundo, sendo ela responsáveis por 455 mil mortes anualmente.

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Trata-se de uma inflamação crônica das vias aéreas que leva à hiperresponsividade brônquica, obstrução do fluxo aéreo e sintomas respiratórios recorrentes. A hiperresponsividade brônquica é um mecanismo caracterizado pela inflamação das vias aéreas inferiores (árvore brônquica) – figura 1, causando edema da mucosa, aumento de secreção e hipertrofia da musculatura dos brônquios  –figura 2. Com isso, os pacientes têm dificuldades para inspirar o ar devido à obstrução do fluxo aéreo, causado pelo estreitamento bronquiolar.

 

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Figura 1 – árvore brônquica Figura 2 – Brônquios: normal e inflamado

 

As crises são ocasionadas pela resposta exacerbada do nosso sistema imunológico (células de defesa), envolvendo principalmente eosinófilos, mastócitos, linfócitos T auxiliares do tipo 2 (Th2), citocinas (proteínas inflamatórias celulares) como IL-4, IL-5 e IL-13.

Vale ressaltar que as manifestações da asma não são iguais para todos. Nesse contexto, conhecer os mecanismos inflamatórios com base em suas características observáveis (fenótipos) – tabela 1 – e pelo mecanismo biológico/molecular (endótipo) de acordo com presença de citocinas específicas (T2 alta/T2 baixa) é fundamental para uma abordagem individualizada, considerando o tipo de asma, grau de gravidade e fatores de riscos associados – tabela 2.

 

Tabela 1 – Fenótipos da asma

 

 Tabela 2 – Fatores de riscos

 

Diagnóstico e tratamentos

Não é infrequente as crises de asma nos serviços de urgência. Os pacientes que apresentam uma crise de broncoespasmos (chiado) e dispneia (falta de ar) devem receber cuidados rápidos. Nestes casos, o tratamento inicial tem como objetivo “tirar” o paciente da crise, com medicamentos intravenosos e inalatórios de rápida ação broncodilatadora, que ajudam na agem de ar para os alvéolos (onde ocorre as trocas gasosas).

Após isso, o médico deve classificar a gravidade e investigar fatores causais que possam ter causado e contribuído para os sintomas que motivaram a  ida ao Pronto-Socorro. Posteriormente, o paciente deve ser encaminhado para seguimento ambulatorial com o pneumologista, profissional especialistas em doenças pulmonares.

Nesta etapa, a investigação deverá ser feita com a realização de exames complementares pertinentes que avaliam a função pulmonar (espirometria com uso de broncodilatador), testes alérgicos (dosagem de IgE e sensibilização de alérgenos), além da avaliação das respostas inflamatórias de cada paciente.

O tratamento envolve o uso de medicações (medicamentoso) e, fundamentalmente, orientações e informações aos pacientes sobre a doença e medidas de prevenção e controle (não medicamentoso). Deve ser individualizado e embasado na tríade: controle dos sintomas, prevenção de crises e melhora na qualidade de vida.

 

Medicamentoso

– Uso de Broncodilatadores de curta duração: alívio rápido dos sintomas (ex.: salbutamol);

– Corticoides inalatórios: controle da inflamação brônquica;

– Broncodilatadores de longa ações associados aos corticosteroides em casos moderados a graves;

– Antagonistas de receptores de leucotrienos como moduladores de respostas inflamatórias.

Não medicamentoso

Pautado na orientação e informação sobre a doença. O objetivo é ensinar o reconhecimento de crises, gravidade e importância envolvimento do paciente na realização do autocuidado.

Um ponto fundamental consiste evitar exposição a alérgenos como poeira, pelos de animais, pólen de flores, perfumes, abolir o tabagismo, fumaças, ambientes com mofos etc. A exposição frequente contribui para a manutenção da inflamação das vias aéreas e aumento dos episódios de exacerbações.

 

Outro cuidado relevante, diz respeito a vacinação. A imunização contra influenza e pneumococo é fortemente indicada para os pacientes asmáticos que tendem a apresentarem manifestações clínicas mais graves frentes às infecções desses microrganismos.

 

Novos tratamentos

Há alguns anos, houve a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para o uso terapêutico de imunobiológicos. Os medicamentos, constituídos por anticorpos específicos, são indicados para asma grave não controlada. Contudo, embora apresentem resultados promissores, seu o ainda ocorre de forma restrita devido ao alto custo e à burocratização para serem liberados tanto pelo setor público (SUS) quanto pelo setor privado (operadoras)

 

Conscientização sobre a asma

A asma pode ser controlada na maioria dos casos com diagnóstico precoce, tratamento adequado e medidas de prevenção. Saber diagnosticá-la e tratá-la oportunamente não só melhora a qualidade de vida e diminui internações desnecessárias (desperdícios de recursos), como também previne até morte por insuficiência respiratória em casos de crises graves.

Nesse sentido, cabe aos profissionais de saúde orientar, explicar e informar aos pacientes sobre a doença e suas complicações. É fundamental capacitá-los a reconhecerem os sintomas e crises, além de conscientizá-los acerca da importância da adesão ao tratamento e uso correto dos medicamentos e dispositivos inalatórios. O envolvimento ativo dos pacientes no manejo de quaisquer doenças sabidamente ajuda no sucesso do tratamento e resultados.

 

Se cuidem!

Até a próxima.

 

Referências:

GLOBAL INITIATIVE FOR ASTHMA (GINA). Global Strategy for Asthma Management andPrevention. 2024

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Asthma. Disponível em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/asthma.

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Renato Karakhanian

Renato Karakhanian

Renato Karakhanian Ribeiro é médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos (FCMS). É especialista em Clínica Médica e Coordenador Médico no Hospital Nipo-Brasileiro (HNIPO) (@hospitalnipobrasileiro). Tem um grande amor pela sua família e paixão pelo seu trabalho e esportes. Em AnaMaria, escreve sobre saúde e bem-estar.

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