Na noite da última quarta-feira (14), um espetáculo inesperado chamou a atenção de moradores de diversas cidades do Centro-Oeste, Sudeste e Nordeste do país. Um objeto brilhante nos céus cruzou o firmamento e gerou muitas dúvidas — e até sustos — entre quem presenciou a cena. Mas, ao contrário do que parece, o fenômeno não se tratava de um meteoro comum.
Objeto brilhante nos céus era lixo espacial em reentrada
De acordo com a Rede Brasileira de Observação de Meteoros (BRAMON), o clarão visível no céu foi, na verdade, a reentrada de lixo espacial na atmosfera da Terra. Segundo os registros, o objeto brilhante nos céus foi identificado inicialmente em Brasília, às 18h24, e desapareceu quatro minutos depois no céu da Bahia.
Durante esse curto intervalo, ele percorreu cerca de 1.500 km a uma velocidade entre 6 e 7 km por segundo — algo considerado lento para corpos celestes. Isso já indicava que a hipótese mais provável seria a reentrada de um fragmento artificial, e não de um meteoro natural.
Meteoro incomum, na verdade, era parte de um foguete antigo
A explicação para o fenômeno veio logo em seguida: tudo indica que o clarão foi causado por um pedaço do foguete Falcon 9, da SpaceX, a empresa do bilionário Elon Musk. Esse tipo de fragmento é chamado de “estágio”, e corresponde a uma das partes que se desprendem do foguete após o lançamento.
Segundo os especialistas da BRAMON, o objeto identificado corresponde ao NORAD 40108, que estava em órbita desde 5 de agosto de 2014. Ele havia sido lançado para colocar o satélite AsiaSat 8 no espaço, com a missão de oferecer serviços de comunicação para a região Ásia-Pacífico.
Empresa de Elon Musk já é conhecida por fenômenos semelhantes
O foguete Falcon 9, da empresa Starlink — uma divisão da SpaceX de Elon Musk —, já protagonizou cenas parecidas em outras ocasiões. Embora o lançamento tenha sido bem-sucedido, o estágio final ficou vagando no espaço como lixo orbital por quase dez anos.
Com o ar do tempo, sua órbita foi se deteriorando, até que ele finalmente caiu de volta na atmosfera terrestre, queimando-se parcialmente no processo. Isso criou o efeito visual impressionante, que muitos confundiram com um meteoro natural ou mesmo com um OVNI.
Não foi um meteoro qualquer – e sim um lembrete sobre o lixo espacial
Apesar de parecer um espetáculo bonito, esse tipo de ocorrência também serve de alerta. A quantidade de lixo espacial ao redor da Terra tem aumentado significativamente, principalmente com o avanço de empresas privadas como a de Elon Musk.
Dessa forma, episódios como esse mostram a necessidade de pensar em soluções mais sustentáveis para o uso do espaço. Afinal, o céu pode nos fascinar, mas também merece ser cuidado com responsabilidade.
Resumo: Um suposto meteoro cruzou os céus do Brasil na última quarta-feira, mas, na verdade, era um pedaço do foguete Falcon 9, da empresa de Elon Musk. O objeto brilhante nos céus, identificado como lixo espacial, foi analisado e confirmado por especialistas. Apesar do encanto, o fenômeno levanta um alerta sobre o acúmulo de detritos em órbita.
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